23 de julho de 2008

Jogos Olímpicos x Política

Os gregos sempre arranjavam uma forma de homenagear seus deuses. Por volta de 2.500 AC, atletas de cidades gregas se reuniam na cidade de Olímpia e lá disputavam várias modalidades esportivas. Os vencedores ganhavam uma coroa de louros, além de virarem heróis em suas cidades.
Teodósio I no ano de 392 AC tornou proibido não só os Jogos Olímpicos, como também qualquer manifestação religiosa de culto a vários deuses.

Em 1896 Pierre de Fredy tomou a iniciativa de reviver os Jogos Olímpicos.
E esse foi o começo dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, os vencedores eram premiados com medalhas e um ramo de oliveira.

Jogos Olímpicos de Berlim, 1936.
Diante da idéia de superioridade da raça ariana, Adolf Hitler foi embora antes da premiação do americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro.

Jogos Olímpicos de Munique, 1972.
5 de Setembro, 4h30 da manhã. Integrantes do “Setembro Negro” invadem a vila olímpica e fazem onze reféns; Todos atletas israelenses.
Desses onze, dois foram mortos logo por reagir. Os outros nove foram mortos junto com cinco terroristas, graças ao desastroso plano do governo alemão.
Os terroristas palestinos exigiam que Israel libertasse 234 reféns palestinos que estavam em poder de Israel.

Por esses fatos, os jogos que deveriam ter como objetivo promover a paz e a amizade entre os povos, passou a ter muita preocupação com a segurança dos atletas, e de todos os envolvidos.

Jogos Olímpicos de Moscou, 1980.
Durante a Guerra Fria, o presidente americano na atualidade (Jimmy Carter) liderou o boicote das delegações olímpicas, como protesto a invasão dos soviéticos no Afeganistão (como o mundo gira, não?).
O número de atletas foi reduzido, e apenas 80 países participaram dessas Olimpíadas; A menor desde Melbourne, 1956.

Jogos Olímpicos de Los Angeles, 1984.
Os soviéticos deram o troco, e junto a mais treze países do bloco socialista, boicotaram os jogos nos EUA.
Mas ainda assim, tiveram o recorde de 140 países participando.

Jogos Olímpicos de Atlanta, 1996.
A Grécia foi berço dos Jogos Olímpicos tanto na antiguidade, como na era moderna. E para comemorar o centenário dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, nada mais justo que a Grécia fosse sede.
Mas em 1990 o COI elegeu Atlanta nos EUA, alegando que a Grécia não teria condições de organizar os jogos em tão pouco tempo.
Acredita-se que o poder financeiro da cidade (sede mundial da Coca-Cola, principal patrocinador dos jogos), e a CNN (um dos principais canais de TV do mundo), teria sido usado para pressionar os membros do COI para sediar os jogos que marcariam os 100 anos dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Durante a madrugada do dia 27 de julho, uma bomba explodiu no Parque do Centenário Olímpico matando uma pessoa e deixando mais de 100 feridas.

Jogos Olímpicos de Pequim, 2008.
A China hoje tem duas grandes preocupações durante os jogos: A poluição em Pequim, e possíveis manifestações Pró-Tibet.
Os jogos chegam à China, e com isso o mundo abriu os olhos para a questão do Tibet.
Há 58 anos a China ocupa o território montanhoso (conhecido como “O Teto do Mundo”), com uma repressão silenciosa; E há 49 anos o Dalai Lama está em exílio na Índia.
Muitos acham vergonhoso que aconteçam essas Olimpíadas, mas não é porque vão competir que os atletas são condizentes com a situação.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim não estão preocupados com possíveis manifestações dos atletas, para isso eles têm a Carta Olímpica a seu favor, nela diz que os atletas são proibidos de fazer qualquer tipo de manifestação comercial e não comercial. Como a propaganda étnica, política e religiosa em locais de competição.
Pequim já designou espaços em três parques, onde os protestos serão livres.
Iremos acompanhar durante essas Olimpíadas, o esforço do governo chinês para abafar a situação do Tibet, e possíveis manifestações e boicotes de líderes mundiais. Se eles vão conseguir, só saberemos em 15 dias.

Ellen Tibério

18 de julho de 2008

COMEÇANDO...

Alguém tem que começar a postar nesse Negócio da China aqui!
Criei coragem e começo. Vamos lá.

Tenho uma lembrança muito forte de estar em casa, deitada no sofá, com muito frio e de estar assistindo a um jogo de vôlei. Isso foi em 1992, nas Olimpíadas de Barcelona. Eu, com certeza, na época não tinha consciência do tamanho deste evento, eu só tinha 6 anos. Só fui tomar ciência que eventos esportivos desse naipe comovem quase que o mundo todo em 1994, como a Copa do Mundo nos E.U.A. e depois com as Olimpíadas de Atlanta em 1996. Desde então, ou melhor, desde sempre um gosto gigante sobre eventos esportivos desse naipe cresceu na minha pessoa. Acompanho tudo, assisto tudo e a cada pódio me emociono. Independente de nação, de pátria eu torço pelos atletas. Pela experiência que tive e tenho como bailarina sei o quanto é dura a rotina de treinamentos [ensaios, no meu caso] e competições. Desgasta não só fisicamente mas, principalmente, emocionalmente. A vitória realmente sempre vale a pena. Não digo a vitória como "o lugar mais alto de pódio", e sim a vitória pessoal de cada um dos atletas. Muitas vezes, não sabemos e nunca vamos saber o quanto cada um lutou para estar ali, o quê cada um passou até chegar o momento mais esperado de suas vidas, quanto suor foi fabricado, quantas lágrimas derramadas, quantas dores curadas, quantos dias sem dormir, quantas vezes a vontade de desistir foi maior... enfim, cada atleta tem a sua história e todos eles merecem o nosso respeito, nossa admiração e nossa torcida.
Estamos a menos de um mês do início oficial das Olimpíadas de Pequim, mas sabemos que ela começou há tempos para muitos atletas.
Fico por aqui hoje, desejando uma excelente olimpíada para todos os atletas que irão participar. Sorte, sucesso e que vença o melhor.
Até mais.
Nivia.